quarta-feira, 13 de março de 2013

UMA VISITA ESPERADA


Uma coisa que eu curto aqui da NZ é receber em casa a visita das community nurses. Explico. Aqui os bebês são acompanhados regurlamente por uma enfermeira comunitária, não por pediatras.

Elas começam a te visitar quando o bebê tem seis semanas (até então, a midwife é q vinha fazer o checking semanalmente), aí no começo tem mais ou menos uma visita por mês, depois passa pra uma dos 9 aos 12 meses, uma dos 15 aos 18 meses, e depois anualmente até os cinco anos de idade.

Se o bebê fica doente de algo que não é da alçada da enfermeira ou se elas mesmas notam alguma coisa no baby, ela ou te encaminha pro médico da família – um clínico geral – ou prum pediatra. Você pode solicitar que elas te visitem também, seja qual for o motivo.

Tem duas organizações do governo que prestam esse serviço, e as duas tem a mesma schedule. Na realidade a organização mais tradicional não vai na sua casa (só no comecinho, acho); você leva o bebê numa das várias sedes que tem na cidade. Além da enfermeira principal, você recebe visitas extras de uma segunda enfermeira, normalmente também consultora de lactação ou especialista em alimentação da criança desde o começo.

Bom, uma coisa que as duas sempre fazem é medir e pesar o bebê/a criança, e sempre rola um papo. E é esse papo que eu adoro! Elas sempre têm alguma dica legal pra te dar, por mais que você leia sobre o assunto, te dão o insight delas sobre a idade em que o filho está, enfim, sempre é proveitoso!

Hoje a minha segunda nurse veio aqui. Gosto como ela chega e se senta no chão, junto com a gente, tal qual um amigo íntimo o faria! Falamos sobre comida! Ela me deu o toque de colocar finger food dentro de um recipiente, e servir pro Caio assim, pra ele poder abrir, pegar a comida, fechar... Eu já tinha notado que ele adora abrir e fechar coisas, faz isso com brinquedos e tal. Mas nunca pensei em juntar isso ao comer. Eu colocava as uvas, a banana em pedacinhos, os gomos da bergamota na bandeja do cadeirão e o Caio pegava dali. Achei legal a dica dela!

E na conversa ela foi me mostrando outras possibilidades de comida, de brincadeiras e até uma possível rotina diferente!

Além de tudo isso, algo que conta bastante é o apoio emocional, acho. Eu sempre me sinto bem depois das conversas com elas, que geram certezas confirmadas e dúvidas solvidas. Fico me perguntando se quando a gente leva o bebê no pediatra aí no Brasil é assim também, se a mãe sai com esse sentimento de afirmação, com um maior entendimento da fase pela qual seu filho está passando e com uma expectativa ainda mais gostosa em relação ao futuro. Me contem, meninas! (e meninos! Sem preconceito!)

2 comentários:

  1. Oi Dulce, eu acho que dependendo do pediatra, rolam os mesmos assuntos relatados por você nas consultas. Eu adoro a pediatra do Alexandre, ela sempre conversa bastante, dá carinho a ele, dá dicas, tira dúvidas e me prepara para as fases que estão por vir (por exemplo, me alertou que ele poderia começar a estranhar as pessoas, que ele poderia começar a comer menos, que não devo desfraldar antes do tempo, me ensinou a fazer as sopinhas quando ele tinha 6 meses, etc). Saio bem mais segura do consultório quando tenho dúvidas. Bjo

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