segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A SEMANA DA ZIQUIZIRA

Prólogo

Eu trabalho na Victoria University dois dias por semana (os outros três, trabalho em casa pra Editora Bonijuris). E toda vez que eu chego lá, minha chefe, que é uma pessoa muito legal, sempre me pergunta How are you? E não é um “oi, tudo bem?” da boca pra fora; ela pergunta realmente querendo saber como eu estou, como está indo a gravidez e tal. E da mesma forma, eu penso antes de responder, e minha resposta sempre foi : “I’m very well”, ou “we’re great”, “everything is good!”

Na quinta passada, logo depois de eu responder, pensei comigo mesma que eu tinha muita sorte de sempre ter uma resposta positiva pra dar, de estar sempre me sentindo tão bem nesses seis primeiros meses da gravidez. How lucky I am!


Parte I: A primeira noite em claro – treinamento?

Quinta-feira o dia transcorreu como normalmente, à noite dei uma aula de dança que foi bem tranquila, nada de novo, sem grandes esforços físicos.

Como sempre, saio rapidinho da aula pra chegar em casa a tempo de ver X Factor, que eu a-do-ro! No meio do programa, começo a sentir um desconforto na coluna, num local em que nunca senti antes. Não era nem na lombar, nem na região dos ombros, mas mais no meio. Que estranho, pensei. Dei mais uma alongadinha, mas sem resultado. Quando chegou a hora de dormir, o desconforto já estava grande, porém talvez se eu deitasse, fosse melhorar. Ledo engano! Eu simplesmente não encontrava posição pra dormir. Virava de um lado pro outro, tentava de barriga pra cima um pouco, cada posição me dava um alívio de dois segundos (não tô exagerando, eram dois segundos contadinhos) e voltava o desconforto. Depois de umas quatro horas nessa, desisto de ficar deitada, levanto, começo a andar pela casa (quem sabe alivia?), sento, resolvo me distrair um pouco na internet, mas o desconforto não passa. Começou a me dar um desespero de não ter posição, de não poder dormir, que logo eu já estava chorando por aí. O De eu não quis acordar. Quando passavam das 4.30 h da manhã, resolvi voltar a deitar. A dor continuava, mas eu disse pra mim mesma que a dor do parto seria bem pior, então que eu tentasse ignorar essa dor e dormisse. Fui respirando fundo, concentrando na respiração e pelas 5 h finalmente consegui. Acordei às 7h, o despertador do De tocando, a dor ainda ali. Aproveitei que ele estava desperto e contei da minha saga noturna. O De passou um gelol na minhas costas e sugeriu que eu ficasse em casa. Preferi ir trabalhar, ao menos por algumas horas, onde eu teria algo em que me concentrar, do que ficar em casa ligada na dor. Levantei devagar e senti que a dor tinha melhorado um pouquiiiiiiinho.

Chegando no trabalho, minha chefe, é claro, perguntou: How are you today? E pela primeira vez tive que dizer: “Not very well, to be honest...” Aí contei pra ela da minha desventura e também do meu pensamento do dia anterior. Nesse momento ela até riu: que ironia da vida!, ela disse. Total ironia... Acabei rindo também...!

Aguentei trabalhar umas 4 h e voltei pra casa. No caminho, passei numa farmácia e comprei aquelas bolsas de gel que tu esquentas no microondas. Fui dormir com a bolsinha nas costas e acordei duas horas depois me sentindo beeeem melhor. Continuei com a bolsinha direto, inclusive pra dormir mais tarde, e no sábado de manhã eu estava me sentindo ótima. 100% mesmo! Ai, que alívio!

Eu não sabia o que o futuro próximo me reservava...


Parte II: Conhecendo o hospital

Bom, no sábado eu tinha um workshop de dança de fan veil, e decidi que não iria perder, pois ia exigir mais de braços do que de costas. De fato, foi isso. O que aconteceu foi que eu me esqueci de levar uvas-passas pra comer no intervalo, e na segunda metade comecei a sentir frio e percebi minha pressão mais baixa. Peguei mais leve, mas fui até o final. Na saída comprei nosso almoço e fui direto pra casa. Tinha a certeza de que tinha me sentindo mal por ter ficado muito tempo sem comer. Não me senti nem um pouco bem psicologicamente falando também; penso sempre no Caio...

Em casa, já bem alimentada, comecei a sentir uma dor de cabeça e um cansaço...! E eu nunca tenho dor de cabeça. Também senti uns calafrios...Ihhhhh,não gosto de calafrios, será que tô pegando uma gripe? Resolvi tomar um paracetamol e descansar. O remédio em efeito fez eu me sentir melhor e fiz até muffins pra gente, pela primeira vez (ficou uma delícia!). À noite fomos jantar na casa de uns amigos, e lá comecei a sentir muito calafrio e a cabeça pesada. Eu sei que quando me dá calafrio, é febre. E febre é sinal de infecção. Porque estávamos no meio do jantar e eu não queria estragar as coisas, tomei outro panadol, mas ao mesmo tempo comecei a me preocupar mais com o que estaria causando isso. E os únicos dois sintomas que eu tinha eram febre e dor de cabeça; não tinha dor de garganta, nariz escorrendo, tosse, espirro, nada! Ou seja, poderia ser qualquer coisa. Fui ficando bem preocupada, mas depois da janta, o analgésico estava em ação, então eu já não sentia mais nada. Não adianta ir pro hospital agora, sem sintoma nenhum. Vamos pra casa e quando passar o efeito do remédio, a gente vai na emergência; esse era o plano.

Acordei no meio da madrugada pra ir ao banheiro e ao levantar da cama eu tremia muito... Que frio. Voltei correndo pra debaixo das cobertas e de repente me dava um calor! Senti minha temperatura, mas não estava muito alta; eu sabia que não tinha chegado nos 39 graus, que é o que dizem que pode prejudicar o bebê (sim, isso é mais no primeiro trimestre e eu já estou no final do segundo, mas a gente sempre se preocupa, né?), fiquei com a bolsinha de gel, agora geladinha, na cabeça pra segurar a temperatura. Umas três horas depois não dava pra segurar mais – era hora de ir pro hospital, já que meu médico não ia estar no consultório a essa hora e eu não me senti à vontade pra acordar a midwife às 6 h da manhã de domingo.

Acabamos saindo de casa às 7 h, o sol lindo com a cor da manhã.

Pela primeira vez entrei no Hospital de Wellington, o mesmo em que o Caio vai nascer. Claro, não era a ala dos nascimentos, mas mesmo assim gostei do que vi. Tudo novinho, sem cara nem cheiro de hospital. Na recepção da emergência, havia até uma área pras crianças! Tinha pouca gente lá na frente, falei com a menina do balcão, ela disse que uma enfermeira ia me ver primeiro, pra fazer a triagem. Esperamos meia hora, nos perguntando por que, se não tinha praticamente ninguém mais ali. Eu senti que minha temperatura tinha baixado mais; a alternância frio-calor tinha diminuído muito de intensidade, eu me sentia apenas cansada. Finalmente a enfermeira nos chamou. Conversamos, ela disse que eu não parecia mal, que não deveria ser nada muito sério, mediu minha temperatura, disse que eu estava com um pouquinho de febre mas não me disse quanto e eu esqueci de perguntar – que viagem –, também mediu minha pressão, que estava baixa como sempre, e disse que iria me colocar na fila de ver o médico, e que isso poderia demorar de 2 h a 4 h. Ah, ela perguntou se eu tinha algum sintoma de infecção urinária, hipótese que eu mesma já tinha considerado, mas a verdade é que eu não sentia nada de errado, nada mesmo. Ela pediu pra eu fazer uma coleta de urina que ela ia fazer o teste. E, bingo, não deu outra, leucócitos presentes na urina, sinal de infecção.

De qualquer forma, eu teria que ver o médico, ela explicou, pois é ele que prescreve o antibiótico.

Voltamos pra sala de espera e depois de dois minutos já fomos chamados. Uma outra enfermeira nos encaminhou pro que eles chamam de cubículos, um quarto que nem é pequeno, limpíssimo, com uma cama, cadeira, pia, vários aparatos médicos, etc. Lá esperamos duas horas pelo médico, mas confesso que a espera nem foi assim tão dolorosa. Deitei na cama e alternei meu tempo entre conversar com o De e dormir um pouquinho. Volta e meia chegava uma enfermeira ali pra ver se estava tudo bem, numa dessas mediram minha temperatura de novo (desta vez perguntei, estava 37.1) e também a pressão. Todo mundo muito gentil e atencioso.

Até que o médico chegou. Me surpreendi com sua simpatia, pois eu acho os médicos daqui muito frios (já fui em uns três diferentes por causa dos exames médicos que tem que fazer pra Imigração). Ele tem uma filhinha de 11 meses, então se interessou pela nossa gravidez. Falou que é bem comum ter infecção urinária nessa fase (me deu a explicação biológica, mas não sei repassar), e que tem antibiótico que não prejudica o bebê, e que mesmo a febre a essas alturas não afetou o bebê em nada, que eu não me preocupasse. Perguntou se eu estava sentindo ele mexer, e de fato eu estava (a verdade é que não senti nada anormal na barriga, então no fundo eu achava que estava tudo bem, apesar do medinho). Me passou a receita, só disse pra qualquer mínima alteração eu voltar lá, qualquer coisa que eu ache que não esteja indo bem, por menor que seja, pra não arriscar nada.

No caminho compramos o remédio. Tendo saído de casa às 7 h da manhã, chegamos de volta às 11 h. Só de ter descoberto o que estava causando a febre e de estar medicada, eu já me sentia melhor. Também gostei do tratamento que tive, do sistema de saúde da NZ. Quanto gastei? NZ$ 4,00, do remédio. Todo o restante foi gratuito. Fiquei feliz que o Caio vai nascer aqui.

Depois de tomarmos café da manhã, o De, tadinho, teve que excepcionalmente ir trabalhar num domingo. Eu coloquei um filme, deitei no sofá e não cheguei a assistir nem cinco minutos. Dormi direto do meio-dia às 4 h da tarde, hora em que o De voltou. A verdade é que passei o resto do dia todo deitada.

Respiro fundo e volto a acreditar que minha resposta pra minha chefe vai voltar a ser sempre “I’m feeling just great!”

terça-feira, 25 de outubro de 2011

De água na boca a apetite de leão

Tu engravidas e, assim que descobres, não podes ver comida que te dá água na boca. Das coisas mais simples às mais refinadas, da torrada com manteiga àquela sobremesa deliciosa feita pela tua mãe, falou em sentar à mesa, a salivação é instantânea!

Na consulta médica, a doutora diz pra não comer doce durante a semana – “evita desenvolver diabete gestacional e vais engordar pouco. No fim de semana, podes te permitir um pedacinho de bolo, mas sem exageros!”. Pra quem nunca dispensou um docinho de sobremesa, fosse o dia que fosse, surge a dúvida: será que vou conseguir? Mas os dois motivos são fortes o suficiente.

O tempo vai passando, te perguntam se tens desejo de algo específico. Eu tinha desejo de tudo! Quando via a propaganda do McDonalds, precisava comer um quarteirão com queijo; propaganda de sorvete, o desejo era esse; de pizza, pega um pedaço de queijo. Eu não ia atrás de realizar esses desejos tão passageiros, mas o fato é que comer nunca foi tão prazeroso!

O tempo continua passando, a salivação diminui na proporção em que aumenta o apetite. “Come de três em três horas”, me diziam! Sem problema pra mim! Bergamota, iogurte e uva-passa se tornaram meus lanchinhos preferidos. Depois da janta, bergamota (sim, viciei), banana com canela no microondas, ou gelatina (a médica disse que isso podia!). Tudo bem, admito que incrementei a gelatina com o creme de ovos da receita da vó Dulce. Delícia!!

A vida segue, a fome entre as refeições diminui um pouco, mas acho que houve apenas uma transferência: nas refeições passei a comer muuuuito. Ando comendo mais que o De ultimamente. Claro, coisas saudáveis, sempre tem salada, vegetais, mas a quantidade...!

O espanto, contudo, veio fim de semana passado, quando, voltando de viagem de Gisborne (praia a 8 h ao Norte de Wellington), paramos pra almoçar no Subway, e em vez de eu comer um meio sanduíche daqueles, como era de praxe, eu pedi um inteiro com a intenção de guardar a outra metade pra mais tarde mas acabei comendo todo ele!!! E era de almôndegas... bem consistente. Pensam que parou por aí? Eu precisava de sobremesa e afinal era feriado e eu ando com mais vontade de doce ultimamente (meus amigos já sabem: o Caio está desenvolvendo as papilas gustativas e por isso está – estamos – curtindo mais um docinho), então mandei um sorvete pra dentro!

É verdade que depois de mais um sorvetinho no fim de tarde, à noite em casa pela primeira vez eu nem sentia fome e não aguentei comer o capeletti que o De preparou pra gente na porção que eu costumava comer antes mesmo de engravidar. Ainda assim, me pergunto: quando vai passar este apetite de leão?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Piração


Esses dias me bateu a “piração”. Claro que eu estou super-hiper-mega feliz com tudo o que está acontecendo. Que ninguém questione isso! Mas me deu uma saudade antecipada de sermos apenas “eu e De”. Pensei – já tinha pensado antes, mas agora pareceu mais real – que nunca mais vai ser só nós dois, nossos planos, nossas viagens, nossas decisões pensando em nós apenas, nossa completa liberdade e independência... Sempre vai ter essa pessoinha fazendo parte de nós, e que durante muitos anos vai depender da gente (emocionalmente, materialmente...) totalmente (é um monte de “...mente” mesmo!)...

Eu sei que jamais vamos nos arrepender da nossa escolha, e que nossa vida tem muito mais a ganhar do que a perder! Mas foi só aquele momento em que Caio me fez cair na real...! [filho, desculpa, não resisto o trocadilho! Aliás, vamos chamar de poesia! É poesia o que faço com teu nome, tá? J]

Uma vez, quando conheci o De, escrevi a “história de De e Du”. Uma história que eu acho linda, que é parte de quem somos e parte do passado. A partir de agora a história vai ser outra – a soma de De com Du e seu “resultado”!

domingo, 16 de outubro de 2011

A SORTE DE QUEM TEM EXCELENTES AMIGOS - primeiras aquisições mobiliárias


Eu costumo dizer pro De que a gente tem muita sorte com os nossos amigos e com as pessoas que estão ao nosso redor. E volta e meia acontece algo que me faz repetir essas palavras. Esta vez foi com as coisas do Caio.

Primeiro tenho que dizer que um bebê demanda “tralha” pra caramba, não? Deus do céu, é muita coisa. E cada artigo tem mil opções, diferentes tipos, marcas, preços, vantagens a oferecer... e pra mães de primeira viagem acaba sendo tanta coisa pra ler, pra pesquisar nas lojas, tanta informação pra absorver, pra pedir pras amigas que já são mães antes de decidir qual é o tipo que tu queres, que, olha, eu fico até com preguiça. Esses dias me peguei dizendo pra Cris que eu queria aproveitar agora que tô bem disposta pra agilizar tudo, mas que me dava uma preguiiiiça! Hehehe Pura contradição... e pura realidade.

Aí eu já tinha visto as listas do que precisa ter no quarto em diversos saites sobre gravidez e bebês que tem por aí e afinal eu já fui em quarto de bebês antes (afilhados, priminhos, etc.), e tinha então decidido que de móveis pro quarto eu só precisava do berço, uma cômoda numa altura boa pra já servir de trocador, e uma poltrona confortável pra amamentação. Apenas três coisas, nem é tanto! Aí pensei que teria que ter um moisés, algo mais portátil, até pra colocar no nosso quarto nos primeiros meses (vou preferir que no comecinho ele durma mais perto da gente); não podia me esquecer da cadeirinha pro carro (que não é bem uma cadeira, eu sei, pois o bebê vai ficar deitado, mas não lembro como chama aí no Brasil), e também da banheira, e, é claro, do carrinho, que talvez fosse melhor até ter dois, um mais profi e um daqueles guarda-chuva! Pronto, seria tudo! Ah, não, mas aí achei uma lixeirinha, daquelas que “isolam” a fralda usada, em promoção e resolvi comprar. E depois fui lembrando da babá eletrônica, do sling, da bolsa de bebê, e esses dias fui na casa de uma amiga mãe que conversou comigo sobre as mamadeiras, a bombinha de tirar leite, a chupeta... Socoooooooorro! Como disse essa minha amiga, “baby parafernalia” (com sotaque inglês: “paraferrrneilia”)!

Isso que eu nem falei nas roupinhas, né? Porque tenho a sorte de herdar roupinhas das minhas amigas e primas queridas, tirando as novas que a gente ganha de presente (é muito legal como todo mundo se envolve e participa de alguma forma da tua gravidez, não?), e que vão vir com meu irmão agora em dezembro, depois com a mãe, com o pai...

E as roupas e etc. que a grávida precisa? Mais uma sorte na minha vida de ter minha amiga-comadre Dani (somos comadres nos dois sentidos, eu e De padrinhos do Arthur, ela e Tiago do Caio!) tendo recentemente passado por uma gravidez e que já vinha guardando tudo pra mim antes mesmo de eu engravidar! É uma fofa! Ganhei roupas confortáveis e grandes pra todas as épocas da gravidez, a camisola de abrir na frente pra levar pra maternidade, sutiãs de amamentação, e váááárias outras coisas que nós, futuras mães, temos que ter. Ufa! Já pensou se eu tivesse que pensar em tuuuuuudo.

Aliás, quase fui injusta, eu não tenho que pensar em tuuuudo. O De me ajuda um monte. Fiquei superfeliz quando, há mais ou menos um mês, ele chegou em casa dizendo que tinha conversado com um amigo dele do trabalho (que já veio em casa num churrasco) que tem uma filhinha que acabou de fazer um ano, e que ia nos dar o bebê-conforto do carro (é assim que chama?), um moisés que nunca tinha sido usado, mais uma cadeirinha de balanço (aqui eles chamam assim mesmo, rocking chair, que o bebê usa mais tarde, com uns três ou quatro meses). Propusemos comprar deles, mas eles não aceitaram; disseram que era um prazer poder passar essas coisas pra gente. Uhuuuu!

E domingo passado fomos na casa deles buscar a “mobília”! Levamos uma poltroninha de presente pra filha deles, e depois ficamos sabendo que ela adorou! Já nossas novas aquisições quem adorou fui eu! E como se não bastasse, de lá fomos na casa de outro casal de amigos e acabamos ganhando uma babá eletrônica de qualidade e a banheirinha! De quebra, perguntei a opinião dela sobre os carrinhos, que pra mim é o mais difícil de escolher, e ela propôs nos emprestar o que ela tem até quando o Caio tiver três meses, que é quando nasce o segundo filho dela (sim, ela também tá grávida), porque depois de testar um seria mais fácil escolher! Nossa, adorei a ideia.

Enfim, voltamos com o carro absolutamente lotado de “baby parafernalia” e com a sensação de que parte da missão estava cumprida!

Durante a semana ainda comprei uma poltrona (de segunda mão também), que fomos pegar hoje, e que eu também curti: preço bom, bem cuidada, confortável, uma cor boa.

A maior parte está no nosso atual escritório, que é onde vai ser o quartinho do Caio. O De disse que eu podia colocar no quarto de hóspedes, que ainda está completamente vazio. Mas eu gosto de deixar no escritório mesmo, onde eu vejo tudo no meu dia a dia! Meu filho nem nasceu e eu já tô uma mãe boba, não? J

Fico boba-empolgada com essas coisas, mas não me esqueço de agradecer sempre pela sorte de ter os amigos que temos, e a família que nos apoia em tudo! Esse é o verdadeiro presente.




quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Carta aos avós


Vovó Zenilda, Nono Vi e Vovó Tereza!

Gostaria de me apresentar pra vocês! Eu sou o Caio. Meço, do bumbum ao topo da cabeça, 18 cm, e parece que tenho ainda mais uns 10 cm de pernas! Tô pesando no momento cerca de 330 gramas. Que levinho, né? E sei até a medida do meu pezinho: 3,5 cm! Meu percentil pra minha idade gestacional é de 48%. Eu não tinha entendido o que isso quer dizer, mas aí a mamãe explicou que o meu tamanho pra minha idade está bem na média; não sou nem maior, nem menor.Vi que a mamãe ficou feliz! Ela disse pro papai que é bom mesmo que eu deixe pra ficar maior do que a média depois do parto. Não entendi muito bem o que ela quis dizer, mas esta vez deixei passar!

Minha vida tem sido bem boa. Sempre tenho as vitaminas que preciso, meu coração tem as quatro câmaras perfeitas e bate num ritmo ótimo! Eu também já consigo escutar os barulhos aí de fora! Adoro quando a mamãe toca violão pra mim! Pena que é sempre a mesma música (a nova da Marisa Monte); ouvi o papai dizer que ela viciou nessa! Soube que o Nono toca bem violão e que varia mais! Ufa, ainda bem! :)

Normalmente durmo bastante durante o dia, quando a mamãe está trabalhando. Nas quintas-feiras à noite, escuto um batuque, uma música, mas acabo pegando no sono. Acho que é o embalo que sinto quando a mamãe está na aula de dança. Aí depois que ela janta, sempre acordo! Me espreguiço,viro cambalhota, dou uns soquinhos e chutes, mas a mamãe só sente quando eles são bem fortes. O papai já tentou sentir, mas não conseguiu ainda. Espera só até eu crescer um pouquinho mais!

Tô mandando pra vocês quatro fotinhos minhas. À primeira vista, vai parecer que são manchas pretas e brancas, mas é só olhar com atenção que vocês vão me ver! A primeira foto é da minha cabeça, pra mostrar a boca linda que tenho (não sou eu que tô me achando; foi a mamãe que falou!); a segunda é uma visão mais geral de mim; a terceira também é mais da cabeça e eu estou com a mão na testa, a última é pra mostrar que tô me espreguiçando. Na realidade, isso foi o que a mamãe pensou, mas o papai é que estava certo: eu tô é comemorando que vou chegar numa família tão legal! Iupiiiiiiii!!
Um beijinho pra vocês,
Caio
[escrita em 23/9]







terça-feira, 11 de outubro de 2011

Caio em minha vida – o terceiro ultrassom.


Depois de uma espera que me pareceu uma eternidade, finalmente chegou 22 de setembro: dia do ultrassom morfológico! Momento de ver se o bebê está bem formadinho e o seu sexo!

O scan estava marcado para um horário relativamente cedo, 9.30 da manhã. Eu tinha lido em saites brasileiros que este ultrassom poderia demorar uns 45 minutos. Já em saites da Austrália e NZ diz que dura de 15 a 20 minutos. E na clínica onde eu fiz, mal chega a 12 minutos!

Chegamos lá pouco antes da hora marcada e logo entramos. A médica perguntou se a gente ia querer saber o sexo do bebê; conheço várias pessoas aqui que escolheram não saber! Eu não aguentaria de ansiedade! Fora que eu acho legal já fazer o quartinho e ir comprando as coisas pensando num menino ou menina, já poder escolher o nome, enfim!

Bom, a médica começou medindo a cintura, a cabeça, passou um bom tempo no coração, disse que tinha as quatro câmaras e que estava muito bem, e assim foi indo. Até que veio a confirmação: é um menino!! Na hora me deu uma emoção! Me vieram lágrimas aos olhos. E o De, que sempre quis ter menino, abriu um sorrisão, embora ele diga que já sabia desde o primeiro momento. Mais tarde, já em casa, ele me falou que se fosse uma menina ele ficaria feliz, mas como é um menino ele estava suuuuuuperfeliz! Fofo!

Enfim, depois de 12 minutos saímos de lá com fotos e o DVD na mão, a excelente notícia de que nosso bebê estava muito bem e saudável, e um sorriso que não parava de sorrir! J

Mandei mensagens avisando algumas pessoas pelo celular e fui trabalhar na universidade. Mas a primeira coisa que fiz foi entrar no facebook e dividir com a galera, claro. O dia de trabalho foi estranho; estava mais difícil me concentrar. E no meio da tarde o De me chama no chat dizendo a mesma coisa!

É muito bom poder imaginar o teu futuro com um bebê menino ou menina. É muito bom saber quem está te acompanhando! Pra gente foi uma realização!!

À noite, praticamente estudei o DVD. Vi certinho tudo o que ela mediu, entendi os dados apresentados ao final. Ela não mediu o cumprimento do nosso bebê, mas eu consegui fazer isso em casa, pois tinha a escala na tela. Da cabeça ao bumbum, nosso meninão media 18 cm, e devia ter mais uns 10 cm de perna. Estava no percentil 48 pra idade gestacional, ou seja, bem na média.

O próximo passo seria escolher o nome. Mas como eu já comentei aqui no blog, das minhas sugestões o De só tinha gostado de uma, então era só questão de dar uma última olhada em lista de nome, ver se não havia nenhum outro pra trazer à discussão, e confirmar a escolha. Faltou dizer que o De também sugeriu nomes e eu não gostei de nenhum. Em realidade, ele achava minhas ideias de nomes muito comuns, e eu achava as dele muito estranhas! Hehehe  Só tendo um que ambos curtíamos, acabou ficando fácil: Caio!

Mesmo que digam que Caio é a conjugação do verbo cair na primeira pessoa do singular no presente do indicativo, nos agradou a simplicidade do nome e o seu significado: feliz, alegre, contente.

Se é pra ser a segunda (pois a tia Cris foi a primeira!) a fazer trocadilho com o nome do meu filho e aproveitando o significado, desde que engravidei é só alegria que cai na nossa vida mesmo! J

domingo, 9 de outubro de 2011

Momentos marcantes e outros registros

- Da semana 5 à 9, sentia meu estômago meio pá e minha digestão mais lenta, mas nunca cheguei a enjoar realmente. Foi nessa mesma fase que eu tinha muuuito sono, estava no Brasil e achava desperdício ficar dormindo. Tudo isso passou na semana em que cheguei na NZ. Que sorte! Perfect timing! Justo quando teria que voltar a trabalhar!

- Dizem que gravidez faz o cabelo da gente ficar lindo ou ficar um horror! O meu não mudou nada, continua um cabelo fácil. A única coisa é que ele tá crescendo mais rápido, inclusive aqueles cabelinhos pequenos que estão na região em volta da testa, digamos...

- Desde as 13 semanas que eu vejo uma barriguinha despontando. Minhas amigas kiwis, contudo, continuaram dizendo que eu não tinha nada de barriga até a semana 20! (pras neozelandesas ter normalmente uma barriguinha faz parte!)

- Foi também com 13 semanas – eu acho – que comecei a falar com meu bebê e sentir que na outra ponta da conversa tinha um menininho. Se eu pensava em menina, parecia que havia algo errado. Umas semanas depois, com ainda mais certeza, comecei a discutir nomes de menino com o De. Dos 10 nomes que propus, ele cortou 9. Sobrou um: Caio!!

- Com 14 semanas, pela primeira vez senti o tal bater de asa de borboleta (concentrada e com a mão na barriga!)

- Com 17 semanas, senti o primeiro chutinho (ou teria sido uma cotoveladinha?); depois desse fiquei uns quatro dias sem sentir nada até a segunda vez, e mais quase uma semana até a terceira! O bater de asa de borboleta, no entanto, foi ficando mais e mais perceptível.

- Com 18 semanas, tive que comprar sutiã novo, já que todos os meu deixaram de servir.

- O meu cinturão de dança do ventre teve que ser alargado 7 ou 8 cm, mas já faz um mês que continua na mesma nova medida!

- Na primeira apresentação de dança desde a gravidez, com aquela barriguinha que a pessoa que não me conhece acha que eu simplesmente andei comendo demais, fiz que nem a Beyoncé no Grammy e ao final acarinhei a barriga pra saberem que era de gravidez! Hahahaha

- Com 19 semanas, passei a sentir meus músculos e ligamentos do baixo ventre (e às vezes da lateral da barriga) em certos momentos se esticando como se fossem arrebentar!! Doeu um pouco! Dá-lhe óleo neles (isso já desde a semana 13).

- Nunca tinha usado espinafre na minha culinária antes, e agora posso dizer que nunca comi tanto espinafre na vida! J

- Até a semana 21 ainda usei a calça jeans que a mãe me deu e que ficava larga pra mim em junho. Hoje, embora ainda sirva, já está desconfortável (teria que abrir o botão ao sentar – preferi adotar as leggings).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O segundo ultrassom.


Chegaram as 12 semanas: oba, hora de fazer um ultrassom! Esse é tão especial! É demais ver pela primeira vez o bebê com forma de bebê! A cabeça, as mãozinhas, as pernas... o coração que continua batendo firme e forte! A médica mede o intervalinho da nuca pra ver o risco de doença cromossômica (a medida do Caio estava ótima), vê se tem o ossinho do nariz, mede o bebê da cabeça até o bumbum (Caio: quase 7 cm). No final, o nosso bebê começou a se mexer bastante – virou prum lado, pro outro, segundo o De deu um tchauzinho “pra câmera”, até esticou as perninhas! Coisa mais querida ver ele se esticando todo naquele espacinho! Foi o momento mais especial pra mim, que depois eu vi e revi no dvd que a clínica te dá!

Eu sei que no Brasil os médicos até arriscam um palpite sobre o sexo do bebê; aqui não. Só mesmo no ultrassom morfológico.

Desta vez o De foi comigo, claro! Vi que pra ele foi bem importante. Parece que a gravidez se tornou mais real depois que ele viu o bebê. Saímos os dois com um sorrisão no rosto.

É... gravidez é mudança no corpo, na mente e principalmente no coração. São muitas emoções!

FOTO: Caio e sua mãozinha, já com os cinco dedinhos (os pontinhos!).

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Procurando uma midwife.

Chegando de volta na Nova Zelândia, com 9 semanas de gravidez, a missão número um era achar uma midwife (uma doula). Aqui o sistema é assim: o governo paga todos os teus exames e também a midwife, que é tipo uma enfermeira treinada especificamente em gestação, parto e as primeiras semanas de vida do bebê. A midwife te acompanha em todo o processo e te encaminha a um obstetra apenas se notar que há algo fora do normal. Se quiseres acompanhamento de um obstetra desde o começo, e não de uma midwife, tens que fazer contrato particular (de NZ$ 4000 a 5000), o que ainda sai muito mais barato do que o que se paga pra um obstetra particular no Brasil.

Eu e De resolvemos entrar no esquema da midwife. Há diferentes tipos de midwife: aquelas que preferem parto em hospital (nossa escolha), as que só fazem parto em casa, as que são muuuuito a favor de parto normal (eu sou, mas só se estiver tudo certinho pra isso) pois elas não fazem cesariana (de novo, te encaminham prum obstetra ou chamam o que está de plantão no hospital), as que acatam a decisão da família seja hospital ou casa... Então o ideal seria se tu tivesses a chance de te encontrar com várias delas, e aí escolher a tua. Mas a “oferta” de midwives na NZ (e também de obstetras, pra falar a verdade) é um pouco escassa (são de fato profissões que estão na lista de carências da NZ, e a cujos profissionais o governo estimula a imigração). Não digo que falte, mas tampouco dá pra escolher. A  gente recebe uma lista de midwives, eu liguei pra várias, e tudo o que eu ouvia era: “I’m fully booked for February, sorry.” Até que uma delas me ligou de volta dizendo que estava disponível. A primeira coisa que ela me perguntou foi se eu queria parto no hospital. Bom começo, concordamos nisso!

Marcamos a primeira consulta. Aí perguntei mais pra ela sobre a opinião/posição dela no momento do parto, em termos de analgesia, etc., e gostei do que ouvi. Ela não tem muita experiência (se formou no ano passado), mas é mãe de três filhos e – o mais importante – trabalha com outra midwife que tem 14 anos de profissão (normalmente elas trabalham em grupos, pois se uma não pode te atender, outra assume). Outra coisa que eu gostei é que ela é acupunturista, e disse que se eu quiser pode usar seus dotes durante o trabalho de parto, pra amenizar a dor, etc. (não necessariamente com as agulhinhas, mas com pressão nos pontos certos. Aqui chama de acupressure; acho que é o que conhecemos no Brasil por do-in).

A única coisa é que os Kiwis (como chamamos quem nasce na NZ) em geral não são tão calorosos quanto os brasileiros, então nessa consulta eu senti um pouco de falta de mais envolvimento, mais calor humano, sei lá... [Postscript: na terceira consulta já senti a gente um pouco mais próxima, então tá melhorando]

Até a semana 32 as consultas são de quatro em quatro semanas. Depois passam pra 15 em 15 dias, e com 36 em diante, são semanais. Em todas as consultas ela mede a pressão, faço exame de urina pra ver a questão do açúcar e proteína, me peso, ouvimos o coração do bebê, ela vê a posição do útero... Isso é praxe.  Comigo tem ido tudo ótimo! J

 E à medida que as datas certas vão chegando, ela vai te dando as receitas pros ultrassons, suplementos (se necessários), aulas pra fortalecer a coluna, além de opções pra curso pré-natal, etc. Mas isso é assunto pro próximo post!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O primeiro ultrassom.

Com seis semanas e alguns dias de gravidez, ainda no Brasil, fiz o meu primeiro ultrassom. A única coisa que se enxerga é um feijãozinho, com uma espécie de luzinha piscando, que é na verdade o coração batendo. E o mais importante: ouve-se o batimento cardíaco do bebê (o do Caio estava a 115 bpm). É basicamente isso (a médica checa outras coisas – o tamanho do saco gestacional, o colo do útero, que ovário ovulou, etc.), mas já é tão emocionante! Como acontece com a maioria das mães, segundo a médica, lágrimas caíram. E acho que é nesse momento que o amor pelo filho começa a ser despertado, que tu te dás conta de que tem um serzinho se desenvolvendo dentro de ti de verdade e então sentes aquele sentimento te invadindo! Muito legal!

 O De estava no Rio Grande do Sul, então quem foi comigo foi a mãe, que se impressiona com a tecnologia de hoje! Imagina que quando eu e meu irmão nascemos, pra saber se o bebê estava bem posicionado na época do nascimento, eles batiam uma radiografia!! Eu  não tô brincando! A mãe tem a nossa radiografia guardada até hoje! Isso sim é que me chocou. Pelo menos, quando faço algo meio maluquinho, tenho uma boa desculpa: é por causa do raio X que bateram de mim ainda na barriga da mãe!

domingo, 2 de outubro de 2011

Espalhando a notícia.


Duas semanas depois de ter confirmado que estava grávida, eu teria um café da tarde da Confraria das Primas, encontros que acontecem já há uns seis anos, uma vez a cada três meses mais ou menos. Sempre que vou pro Brasil, as primas tentam organizar um. Elas sabem que eu fico triste de perder as reuniões, e como eu vibro quando sei que vou poder participar de alguma! Eu comemorei as gravidezes delas, e sempre fui apaixonada pelos filhos delas; elas sabem! Então eu tinha decidido que não ia perder a oportunidade de contar pra elas na Confraria, quando estivéssemos todas (ou quase todas) reunidas! Por isso, nessas primeiras duas semanas, não contei pra quase ninguém. Acho que só mesmo a Dani, minha grandissíssima amiga e comadre, ficou sabendo!

Aí que chegou o dia da Confra. Outras quatro primas estavam grávidas, então esse encontro já tinha o apelido de Confraldaria! Pensei em como eu daria a notícia. Eu tava contando os dias pra esse momento!

Quando já estávamos todas lá, a Lia, dona da casa, declarou aberta a confraria! Então eu logo disse como quem não quer nada: “Nossa, acho que a gente nunca teve tanta grávida na família! Cinco!” Aí que todas ficaram me olhando com cara de quem tava pensando ou contando de novo quantas eram as grávidas; algumas balbuciaram “cinco...?” Aí eu repeti, sorrindo: “É, gente, cinco!” E alguns segundos depois, quando pontinhas de sorriso começavam a aparecer: “Eu tô grávida!”  Gente, que loucura que  foi isso. Começou uma gritaria, palmas, prima pulando com os braços pra cima, outras correndo pro abraço, outras emocionadas! Foi demais!!! A reação delas me lembra a propaganda da Heineken que passava aqui na Nova Zelândia e que me fez rir tantas vezes; só que no caso das primas elas comemoraram por mais tempo; não foram cortadas pela reação dos homens! Vejam aqui (não encontrei a que foi dublada em inglês, mas não faz diferença).

Quando elas começaram a se acalmar, foi pergunta de tudo quanto é lado, ao mesmo tempo: “Tá de quantas semanas?”, “Quando tu descobriu?”, “Vai nascer na NZ?”, “Tás enjoando?”, “Tás com muito sono?”, “Conta tudoooooooo!” Então contei pra elas tudo o que escrevi até agora neste blog! E no fim, no mesmo dia já ganhei presentes (fraldas e roupinhas)!! Ai, amei!

Enfim, esse momento com elas eu não vou esquecer nunca; é muito prazeroso lembrar!

Depois disso, comecei a espalhar a notícia, ganhei muito abraço, mais roupinhas, dicas, palpites (a grande maioria dizendo que era menino!)... Voltei pra NZ agradecendo cada momentinho compartilhado com tantas pessoas especiais que fazem parte da minha vida e que moram, neste momento, longe de mim (tá, eu é que moro longe delas).

P.S.: Só por curiosidade, as outras quatro primas já tiveram seus filhos, e depois teve mais uma que engravidou. Dos seis bebês, cinco são meninos!!

A confirmação.


Que delícia foi estar no Brasil depois de cinco meses e meio na estrada! Era um domingo e isso nos proporcionou receber a visita de grandes amigos. Pra segunda, eu já tinha planos, é claro! Depois do almoço eu ia sair com o pai pra dirigir a Genoveva, caminhonete do meu irmão que seria o meu carro durante este mês em Floripa e que eu nunca tinha dirigido antes.  O De foi junto, pois teríamos que ir no supermercado. Depois de uns cinco ou dez minutos, antes de passarmos em frente ao laboratório, inventei uma superdesculpa pro meu pai. Disse que queria fazer uma surpresa pra mãe, que teria que passar numa lojinha por ali, que eles me deixassem na esquina e fossem ao supermercado sem mim, e na volta me pegassem. Assim que eles seguiram caminho, entrei no laboratório. Por sorte só tinha uma pessoa na minha frente, e o timing foi perfeito! O atendente me disse que ia pedir urgência no resultado pra que eu o tivesse ainda naquela noite. Fiz o exame, saí do lab, me dirigi pra frente da farmácia do lado, esperei não mais do que dois minutos, e eles chegaram!

No papel com o código pra pegar o resultado na internet dizia que este estaria disponível a partir das 9 h da noite. Desde as 7.30 eu já estava checando. E a cada cinco ou dez minutos voltava lá! Família toda reunida, inclusive a mãe do De, fomos jantar. Antes da sobremesa, resolvi dar mais uma olhadinha no saite. Eram 8.15 h! E desta vez estava lá: positivo!! Chamei o De no quarto, ele me abraçou, mas disse que já sabia! Hehe E ficou ele incumbido de falar pros nosso pais.

Chegamos os dois com uma cara séria. O De disse que tinha uma notícia pra dar, que a gente tinha acabado de receber. Silêncio na cozinha. Quem tava em pé, se aproximou, sentou à mesa; expectativa no ar. O De continuou enrolando, claro, como se fosse ruim a notícia que ele tinha pra dar. “Fala, De”, ouvimos de uma ponta da mesa. “Não nos deixa preocupados”, vinha de outra. E a frase final: “Acho bom vocês se cuidarem direitinho pra ter bastante energia, porque vocês vão ser avós!”

 Daí foi só emoção!