quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Caio, o poliglota

(a filmagem está bem amadora, mas a fofurice continua 100%!!)



E tem como uma mãe não se encher de orgulho da cria?

O que mais me impressionou é que, como bus, truck, horse, cow ele aprendeu primeiro em inglês, eu acabo usando essas palavras sempre em inglês com ele, pra me fazer entender e principalmente pra manter o inglês ao menos um pouquinho na vida do Caio, já que ele vai crescer no Brasil (a galera aqui de casa também tem usado essas palavras em inglês). Aí me pergunto de onde ele conhecia ônibus, caminhão, cavalo, vaca? Ele acertou na primeira vez que perguntei!


domingo, 15 de setembro de 2013

QUEM CANTA OS MALES ESPANTA

Eu sempre fui de cantar pro Caio.

Quando ele era bem neném, eu cantava “Se essa rua fosse minha” pra ele se acalmar e dormir.

À medida que ele foi crescendo, o repertório foi aumentando – Arca de Noé, Saltimbancos, as nursery rhymes em inglês... (sim, eu curto as músicas infantis!)

Desde o começo do ano, nas sexta-feiras, sempre que dá eu levo o Caio no “Rock&Rhyme”, que acontece em algumas bibliotecas públicas aqui de Wellington. É meia horinha de música, todas com gestos de interpretação – que as crianças a-do-ram –, sempre tem um instrumento musical (normalmente chocalhos, dos tipos mais variados) pra eles, e tem cinco minutinhos no meio pra leitura de um livrinho bem bacana. Evento gratuito. Abre parênteses: algo tão simples e tão legal; fico me perguntando por que não fazem isso no Brasil nas bibliotecas públicas ao menos... Fecha parênteses.

Mas o ponto em que eu quero chegar é que a música também tem sido uma ferramenta muito eficaz no trato de certas teimosias ou escândalos que os pequenos em geral fazem. Explico. Sabe quando os danadinhos não querem sentar no carrinho, por exemplo, porque não estão a fim de ir embora de algum lugar? Ou quando começam a chorar e teimar porque decidiram que o momento não é ideal pra trocar a fralda mesmo que ela esteja pesando toneladas de tanto xixi? Ou quando não querem vestir o casaco pra sair mesmo que lá fora haja um vento congelante dando a sensação térmica de que está ainda mais frio do que o frio que faz?

Pois é. Com o Caio, basta eu começar a cantar que ele fica pianinho e se comporta superbem! É sério, gente! Não falha NUNCA! É verdade que eu não sei até quando isso vai funcionar, mas por enquanto eu não posso reclamar! Uma belezura de técnica que eu queria muito que durasse pra sempre!

Não acredita? Está teimando comigo? ...... “Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá! Lá vem o pato para ver o que é que há!” J



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Caio, o tagarela

Semana passada teve reunião dos pais com os professores da creche do Caio. Quer dizer, reuniões! Porque foram individuais – de quinze minutinhos, só pra conversar mesmo! A professora principal do Caio (nesta creche eles chamam de “profile teacher”, pois é a professora responsável por observar mais o Caio, escrever as histórias do Profile book dele, etc.; na creche que ele ia ano passado, chamavam de “main caregiver”) é a Susanne, da Alemanha, uma querida!

Ela me disse que o Caio está bem integrado na rotina da creche, que as horas da refeição correm tranquilas, que ele come bem, que ele dorme sem problema, sem que precise ficar alguém com ele, que ele é bem auto-confiante, vai escalando tudo, logo se acostumou com a escada (uma escadinha pra chegar no jardim) e que ele é de explorar tudo, mas que as duas coisas que ele gosta mais realmente são a bola e os livros!

Ela falou tudo o que eu teria dito do Caio também; é bem como ele é em casa! Mas devo dizer que quando ela falou assim “a bola e os livros”, um depois do outro, juntinho na mesmo frase, eu me enchi de orgulho – uma atividade física e uma atividade intelectual!!! Óóóóóóó, que filho equilibrado! Hehehehe  

Teve outra coisa que ela falou que, aliás, eu já ouvi de todas as outras professoras da creche (ao menos de outras três): que o Caio fala bastante! Que ele é conversador, talkative, chatty! E é mesmo! No parque ele fala com as outras crianças e com os pais delas, no museu ele não pode ver um casal sentado descansando que ele pára bem na frente deles e fica olhando, provocando uma conversa, no café, se ele está num dia “bom”, pára em algumas mesas pra trocar uma ideia! Uma figurinha! Puxou ao pai nisso – sociável “no último”! Quanto a mim, quem me conhece, sabe: às vezes me dá uma preguiça de socializar...!

Então eu quero aproveitar que o assunto é o Caio tagarela pra registrar suas primeiras palavras. Eu comecei a lista há duas semanas e ela aumentou de lá pra cá!  É mesmo muito massa acompanhar esse desenvolvimento, né? Bom, taí: a lista das palavras que eu me lembro que o Caio sabe falar em 12/8/2013, do jeitinho que ele fala:

Mummy (tenho que começar com esta!)
Papi/papa/baba/paba
Manana (banana)
Macaca (macaco, mas ele sempre fala no feminino!)
Pupu (piu-piu)
Tao (Theo, o melhor amigo)
Taui (Taieri – pronuncia-se “Táiri”, o melhor amigo da creche, descendente de japonês!)
Uaua (cachorro)
Miau
Yummy yummy (comida – é como se faz em inglês quando a comida tá gostosa)
Pocu (Porco)
Mena mena (quando ele quer ver filminho; vem de “Mahna mahna”, o vídeo dos Muppets)
Uouó (vovó)
Uouô (vovô)
Uou-uou-uou (pedindo pra eu cantar a música “Row, row, row your boat...”)
Laila (o nome da cachorra dos meus pais – essa foi a primeira palavra que ele falou, aos 10 meses)
Pêssi (peixe)
Oio (olho)
Não  
Gol (bola)
Tao (tchau)
Neném
Abti/ábuti (abre)
Menena (menina)
Batata
Pata/pada (pato, sai sempre no feminino também!)
Po/bo/pao (pão)
Uaia (vaca)
Cacaca (lixo e afins)
Tratca (tractor)
Bee
Turtle
Bye/bye-bye
Baby
Bus


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Carta

Caio, meu filho querido,

Tu estás tão fofo, mas tão fofo, que eu pensei que deveria te escrever uma carta pra registrar teu desenvolvimento!

É tanta coisa que nem sei por onde começar!

Bom, vais completar 16 meses daqui a dois dias!

Tu és o filho mais carinhoso que eu poderia ter. Eu ganho tantos abraços diariamente! O meu dia já começa bem, quando tu acordas de manhã e nos chama. Lá vou eu rumo ao meu primeiro abraço, com a cabecinha encostada no meu ombro e com direito até a tapinhas nas costas. Que delícia!

Tem também as vezes que te chamo pra vires me dar um abraço e tu vens correndo até a metade do caminho, depois dás meia volta e ficas rindo de mim! Repetes o feito quantas vezes eu te chamar! Achas engraçadíssimo ficar provocando a mamãe, seu sapeca! Até o momento em que eu não aguento e te agarro anyway!

Quando estás cansadinho, gostas de te aconchegar no colo da mamãe e ficar brincando com as minhas mãos, colocando elas no teu rosto, fazendo eu te fazer carinho! Também é só te pedir carinho que passas tua mãozinha macia no rosto da gente! A-mo!!

Tu adoras música e sempre danças quando a gente aperta o play! Coisa mais querida! Danças mesmo, com o corpo todo! É a mãozinha pra cima e pra baixo, a cabeça, dobras os joelhos como num reggae, não importa que estilo de música esteja tocando! Eu vivo dizendo que tenho que filmar isso, mas acabo me perdendo te apreciando e a câmera fica esquecida!

Outra coisa que tu adoras são teus livros! Não tem um dia que tu não passes um tempo folheando e refolheando vários deles. E contando as histórias às vezes à tua maneira! Quando é o da vaca, tu fazes “buuuuuuuuuu”! Viras a página e vês a ovelha: “bááááááááá”! Na parte do pato, tu falas  “atuuuuuuu”, que às vezes sai “aduuu”, ou “baduuuuu”, ou "cacuuuu", vais revezando nas consoantes! Também imitas o leão: rrrrrrrrrrrrrr, aliás faz tempo; foi o primeiro bichinho que aprendeste a imitar!

Embora na tua última avaliação pela enfermeira o resultado tenha mostrado que tinhas engordado mais do que crescido, cada vez alcanças mais alto, e tua nova mania é acender e apagar as luzes da casa! E se tu acendes e eu te falo “agora apaga”, tu obedeces, mas em seguida acendes de novo! Já estou até vendo que a conta de luz vai aumentar!

Também já não podemos deixar mais nada em cima da mesa, ou pia, perto da borda. Antes, quando a luz do cômodo estava apagada (nosso ap é um pouco escuro mesmo durante o dia), tu nem entravas. Mas agora perdeste o medo e entras no banheiro pra pegar o creme de barbear do teu pai a toda hora! Tenho mesmo que manter a porta fechada. Só não consigo manter a porta fechada quando eu quero ir ao banheiro! Sempre me segues! Se eu tranco a porta ficas chorando e batendo na porta do lado de fora. Se só encosto, abres a porta e ficas todo feliz de me ver ali... Saudade da minha privacidade! Hehe

Como já ficou claro, entendes muuuita coisa que a gente te fala, tudo que faz parte do teu dia a dia. Se te pergunto se estás com fome, ou tu vais em direção ao cadeirão, ou em direção à fruteira! Se te pergunto se queres água, pegas a tua garrafinha. Quando te convido pra lavar as mãos antes das refeições, te diriges ao banheiro. Se o convite é pra trocar a fralda, vais até o quarto. Quando pergunto “quem vai chegar?”, apontas pra porta e dizes “papaaaaaaaa”! Se te sugiro brincar com algum brinquedo específico, sempre o procuras, e viras as mãozinhas assim pra cima quando não o encontras, como quem diz: cadê?

Quando estamos comendo bergamota, pegas um pedacinho de casca da minha mão, vais até a cozinha e colocas no lixo, aplaudindo a si mesmo depois! Fazes isso pedaço por pedaço de casca! E nem fui eu que te ensinei, foi iniciativa própria!

Também é fofo demais quando pegas o telefone, colocas na orelha e ficas falando tua baby language, como que batendo o maior papo!!

Já brincas com carrinhos como um big boy, fazendo “vrrrrum, vrrrrrummmm” e empurrando o carrinho por aí!

Basta ouvires a palavra “bateria” que ajeitas as latas de leite vazias, pegas a pazinha de plástico e fazes o maior som!

Mas o teu brinquedo preferido é mesmo a bola. Gostas de arremessar com a mão ou então chutar, gritando “ooooooooolllll” na sequência!

Ahhh, e identificas várias partes do corpo: cabelo, nariz, boca, dente, barriga, mão, pé, bochecha, orelha, olho – esses dois últimos às vezes tu confundes!!

Estás entrando numa fase climber! Chegas a afastar a cadeira da mesa pra conseguir espaço pra subir. Outro dia pisquei e estavas em cima da mesa!

Enfim, eu teria ainda muito mais coisas pra contar! Mas isso já dá uma noção da tua fofurice!!

Te mando um beijo com a mão como fazes pra gente e me despeço aqui com bye-bye, tua primeira palavra em inglês!

My heart melts!

Mamãe


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Caio, o indivíduo


Dizem que mais ou menos com um ano e meio, ou um pouco antes, a criança se dá conta de que é um ser separado da mãe, uma pessoa individual (e existe pessoa coletiva? Hehe). Li esses dias que um sinal de que isso já aconteceu é quando o toddler (palavra sem correspondente no Português – é o ser humanozinho de 1 a 3 anos de idade, ou seja, não é mais bebê mas ainda não é assim uma criança já grandinha, deu pra entender?!) se olha no espelho e se reconhece, não pensa que aquele é um amigo com quem ele pode brincar.

Parece que Caio já tem consciência de si. Quando perguntamos a ele onde está o Caio, ou ele toca em si mesmo ou vai até o quarto, puxa a porta e aponta pra sua imagem no espelho que ali está! Da mesma forma, se perguntar onde está o nariz da mamãe e onde está o nariz do Caio, ele saberá fazer a devida diferenciação!

Principal consequência dessa tomada de consciência? A ansiedade da separação! Ainda não consegui deixar ele na creche este ano sem que ele chore quando me despeço (tá certo, ele só vai duas vezes por semana e começou há um mês, mas mesmo assim!). Aliás, até pra eu ir ao banheiro aqui em casa tem chororô! Se ele estiver mais sensível por algum motivo (doentinho e tal), fica um verdadeiro chicletinho!

Só não sei com que idade isso passa. Já me disseram que pode durar até os dois anos de idade! Será? Como foi com vocês?

É... meu bebê está crescendo. Aliás, já nem é mais um bebê. É um toddler, uma pessoinha que não pára de descobrir o mundo e que já se descobriu como indivíduo.  

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O momento certo (?) pra ter outro filho

Uma coisa (mais uma) me chamou a atenção quando estive há pouco no Brasil por três meses.

Quando eu falava pras meninas que já estava pensando no segundo filho, algumas vezes ouvi que eu era “louca”, que o Caio não teria nem tirado as fraldas ainda…

Outras vezes, quando o assunto nem era eu, também ouvi amigas dizendo que esperaram até o filho mais velho tirar a fralda pra ter o segundo, que isso era a condição básica pra elas.

Gente, não sei se sou a única que penso diferente, ou se ainda vou mudar de ideia, mas eu não acho a fralda todo esse big deal, não!! Trocar a fralda toma três minutos; é simples!

Pra mim o mais importante - no que se refere ao irmão - é que o filho mais velho (ou os mais velhos) coma e durma bem! Isso sim salva horas do teu tempo, isso é que faz diferença pra mim!

Claro, eu entendo que mesmo a criança que no geral come e dorme bem pode passar por fases mais turbulentas. Mas aí são fases e tudo acaba voltando ao normal. Ao menos com o Caio é assim.

E aí? Tô certa ou tô errada?


quarta-feira, 13 de março de 2013

UMA VISITA ESPERADA


Uma coisa que eu curto aqui da NZ é receber em casa a visita das community nurses. Explico. Aqui os bebês são acompanhados regurlamente por uma enfermeira comunitária, não por pediatras.

Elas começam a te visitar quando o bebê tem seis semanas (até então, a midwife é q vinha fazer o checking semanalmente), aí no começo tem mais ou menos uma visita por mês, depois passa pra uma dos 9 aos 12 meses, uma dos 15 aos 18 meses, e depois anualmente até os cinco anos de idade.

Se o bebê fica doente de algo que não é da alçada da enfermeira ou se elas mesmas notam alguma coisa no baby, ela ou te encaminha pro médico da família – um clínico geral – ou prum pediatra. Você pode solicitar que elas te visitem também, seja qual for o motivo.

Tem duas organizações do governo que prestam esse serviço, e as duas tem a mesma schedule. Na realidade a organização mais tradicional não vai na sua casa (só no comecinho, acho); você leva o bebê numa das várias sedes que tem na cidade. Além da enfermeira principal, você recebe visitas extras de uma segunda enfermeira, normalmente também consultora de lactação ou especialista em alimentação da criança desde o começo.

Bom, uma coisa que as duas sempre fazem é medir e pesar o bebê/a criança, e sempre rola um papo. E é esse papo que eu adoro! Elas sempre têm alguma dica legal pra te dar, por mais que você leia sobre o assunto, te dão o insight delas sobre a idade em que o filho está, enfim, sempre é proveitoso!

Hoje a minha segunda nurse veio aqui. Gosto como ela chega e se senta no chão, junto com a gente, tal qual um amigo íntimo o faria! Falamos sobre comida! Ela me deu o toque de colocar finger food dentro de um recipiente, e servir pro Caio assim, pra ele poder abrir, pegar a comida, fechar... Eu já tinha notado que ele adora abrir e fechar coisas, faz isso com brinquedos e tal. Mas nunca pensei em juntar isso ao comer. Eu colocava as uvas, a banana em pedacinhos, os gomos da bergamota na bandeja do cadeirão e o Caio pegava dali. Achei legal a dica dela!

E na conversa ela foi me mostrando outras possibilidades de comida, de brincadeiras e até uma possível rotina diferente!

Além de tudo isso, algo que conta bastante é o apoio emocional, acho. Eu sempre me sinto bem depois das conversas com elas, que geram certezas confirmadas e dúvidas solvidas. Fico me perguntando se quando a gente leva o bebê no pediatra aí no Brasil é assim também, se a mãe sai com esse sentimento de afirmação, com um maior entendimento da fase pela qual seu filho está passando e com uma expectativa ainda mais gostosa em relação ao futuro. Me contem, meninas! (e meninos! Sem preconceito!)

quinta-feira, 7 de março de 2013

A questão dos sólidos


Este post deveria ter sido escrito há muito tempo. Na pendência de escrevê-lo, o assunto ficou na minha cabeça e por isso resolvi publicá-lo mesmo já tendo discutido isso com várias mães em outras redes sociais.

Não existe maior diferença entre o Brasil e a Nova Zelândia no que se refere a bebês do que a questão da introdução dos sólidos.

No Brasil recomenda-se começar com suquinho natural e frutas. Aqui na NZ, ao contrário, a recomendação é não dar suco nunca, nem natural, por causa do açúcar, afinal as frutas também têm açúcar. Ainda mais suco na mamadeira! Diz-se que o bico acumula este açúcar e que, por isso, também não se deve deixar o bebê brincando com a mamadeira quando ele termina de tomar o que quer que se tenha dado a ele. Tudo isso pra evitar prejuízos na dentição principalmente. Eles sempre sugerem que se ofereça água, além do leite!

Além disso, aqui na NZ não se começa a dar papinha necessariamente de fruta. Prefere-se até que seja de legumes pra já não acostumar a criança com o docinho da fruta e correr o risco de ela não gostar dos vegetais depois. E as primeiras papinhas não têm mistura de ingredientes – o bebê vai experimentando uma coisa de cada vez, sentindo cada gosto individualmente. No Brasil, até onde eu sei, quando começa com vegetais, já é uma papinha salgada incluindo vários deles. Na NZ a ideia é que se dê a mesma comidinha de três a cinco dias seguidos. E daí vai trocando. Eles recomendam como primeiro alimento a batata-doce, o abacate (que pra eles não é fruta!), batata-inglesa, pêra cozida (se quiser começar com fruta)... a escolha na verdade cabe à mãe!

Então, imagina, o primeiro mês vai rapidinho nas papinhas feitas de um alimento só – Três dias cada uma, como eu fiz, e o Caio tinha experimentado pelo menos dez coisas diferentes: comecei com batata-doce, depois pêra cozida, abóbora, batata-inglesa, maçã (também cozida na primeira vez, por causa da consistência), cenoura, banana, mamão, abobrinha, abacate. Só depois disso é que comecei a misturar uma carninha com batata, depois um arrozinho com duas ou três coisas diferentes, até que finalmente eu estava dando a papinha salgada que também se dá aí no Brasil.

Aqui a gente começa com bem pouquinho – mais ou menos duas colheres de chá de comida e vai aumentando de acordo com a vontade do bebê. E só quando a quantidade chega a mais ou menos meia xícara é que se começa a dar uma segunda refeição por dia. Foi com oito meses que o Caio começou a ter café da manhã, almoço e janta. Mas acho que essa parte é parecida aí e aqui, né?

Pra quem quiser ter uma ideia melhor de como a questão dos sólidos é tratada na NZ, aqui nesse link tem um esquema bem bom, que dá uma noção da recomendação geral. É o arquivo “Guide to Baby Feeding”.

Enfim, eu vejo que, como tudo no tema dos bebês, não há uma regra única e cabe aos pais se informar sobre o assunto e tomar a sua decisão (que não tem que ser necessariamente a opinião do pediatra, mas isso é assunto pro próximo post). Conheço inúmeros filhos de amigas brasileiras que hoje comem de tudo – não foi porque começaram com frutinhas que deixaram de gostar dos vegetais. Abre parênteses: já no caso dos líquidos, eu vejo que o Caio toma água com muito mais vontade que a maioria dos brasileirinhos, e acho isso ótimo – fecha parênteses. Ainda assim, eu gosto do jeito neozelandês, e penso que pro próximo bebê vou fazer igualzinho! J